Chung Mong-Joon será investigado após ter feito doações ao Haiti e Paquistão. Candidato nega acusações e diz que acusações têm finalidade política
Marcada para 26 de fevereiro, a eleição que definirá o sucessor de Joseph Blatter na Fifa ainda nem tem todos os candidatos definidos, mas um dos nomes que já se propôs a assumir o cargo já é alvo de investigações. Ex-vice da entidade, o executivo sul-coreano Chung Mong-Joon, de 61 anos, lançou a candidatura na segunda-feira e teve o nome citado uma suspeita de irregularidade. O empresário está sendo investigado após doações que, segundo denúncia, não teriam tido o destino informado, a caridade. Doações feitas ao Haiti e Paquistão, atingidos por desastres naturais, são o foco. O sul-coreano nunca negou o envio de dinheiro aos países, mas alegava se tratar de uma iniciativa exclusivamente filantrópica. A denúncia, no entanto, questiona a utilização dos valores. O caso do Haiti está sendo investigado pelo Comitê de Ética da Fifa e a intenção agora é apurar também o que foi feito com as doações enviadas ao Paquistão, cuja finalidade seria a construção de um centro de futebol, o que não aconteceu.
O novo processo não foi confirmado pela Fifa. Chung Mong-Joon reagiu através de uma nota oficial.
- Seria uma ação cínica e antiética da Fifa com o objetivo de deturpar até doações de caridade para fins de manipulação política.
 |
| Executivo lançou candidatura na segunda-feira |
Além do sul-coreano, até agora só Michel Platini, presidente da Uefa, aparece formalmente como candidato à presidência da Fifa. O ex-jogador Zico tenta se lançar até o dia 26 de outubro, mas precisa do apoio de cinco federações nacionais. Outro que se mostrou interessado em concorrer foi outro ídolo do esporte, o argentino Diego Armando Maradona, atualmente embaixador do esporte em Dubai.
Postulante na última eleição, o príncipe jordaniano Ali bin Hussein ainda não confirmou se realmente vai tentar de novo.