Translate

Preço dos combustíveis aumenta em posto mesmo após notificação judicial

Justiça determinou que 99 comércios de Goiânia reduzissem valores; veja lista.Motoristas dizem que não encontram estabelecimentos com os preços baixos.


Posto aumenta preço dos combustíveis mesmo após decisão judicial em Goiânia, Goiás (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)
Posto aumenta o preço mesmo após decisão judicial
Um posto de Goiânia aumentou novamente o preço dos combustíveis nesta segunda-feira (3) mesmo após ser notificado pela Justiça que deveria reduzir o valor do etanol e da gasolina. Todos os estabelecimentos já foram informados oficialmente da decisão de que devem reduzir o preço. Se não cumprirem, podem ser multados em R$ 5 mil.
A sentença contra 99 postos de combustíveis foi proferida na sexta-feira (31) , após a Superintendência Estadual de Proteção aos Direitos do Consumidor (Procon-GO) fiscalizar unidades e comprovar o alinhamento de preços e indícios de formação de cartel. Os comércios devem voltar a vender os combustíveis conforme o valor praticado antes do aumento repentino de até 50% nos preços, ocorrido no último dia 23 de julho.
O posto fica no cruzamento das avenidas T-63 e Circular, no Setor Pedro Ludovico. Ao ser notificado esta manhã, o gerente reduziu imediatamente o preço da gasolina comum de R$ 3,59 para R$ 3,099 e o do etanol, de R$ 2,59 para R$ 1,99. Entretanto, nesta tarde, subiu os valores para o mesmo patamar de antes.
O Procon informou que vai começar uma fiscalização nos postos para ver se eles estão cumprindo a decisão judicial de manter o preço ao que era cobrado antes do reajuste já na terça-feira (4). “Nós vamos fazer a constatação junto aos postos e informar à Justiça se está acontecendo ou não o cumprimento da decisão”, disse a superintendente do órgão, Darlene Araújo.
Mesmo com a ordem do Tribunal de Justiça e a notificação de todos os 99 postos, muitos motoristas ainda reclamam que é difícil encontrar locais onde o valor já foi reduzido. Nesses estabelecimentos, a procura foi tão grande que os combustíveis acabaram. “Eu parei, só que não tem [gasolina]. Só preço que está bom, mas o combustível não existe”, disse o técnico de áudio e vídeo, Diego Freire.
Porém, o advogado do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de Goiás (Sindiposto), Adilson Ramos Júnior, informou que vai recorrer dessa decisão. “Não existe a possibilidade de ser engessado um preço dentro do livre mercado. Ou seja, você não pode exigir que um posto de gasolina fique aberto para ter prejuízo”, disse.