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Saúde de Goiânia poderá entrar em Greve novamente.

A assembleia que poderá decidir pela greve está marcada para a próxima sexta-feira (12).

Servidores poderá ter nova greve (Foto: G12 Notícias)

Durante assembleia com trabalhadores estaduais e municipais nesta terça-feira (9) no auditório da Funasa, os servidores da Saúde de Goiânia afirmaram que poderão entrar em greve a partir da próxima semana. Os novos ajustes adotados pela Prefeitura de Goiânia e o não cumprimento de alguns itens acordados para o fim da última greve têm gerado indignação. A assembleia que poderá decidir pela greve está marcada para a próxima sexta-feira (12). Ela será realizada na Praça do Trabalhador às 8 horas da manhã.
Gratificações : A presidente do Sindsaúde, Flaviana Alves, explica que, entre os motivos para a nova paralisação, está o corte abrupto de gratificações conquistadas há 13 anos. “Essas gratificações foram conquistas em 2002 através da lei e com muito esforço e agora a Prefeitura de Goiânia se ancha no direito de retirá-las. Mais uma vez, essa gestão quer fazer ajustes fiscais à custa do trabalhador. O nosso lema é nenhum direito a menos e isso nós não vamos permitir”, defendeu Flaviana.
Alimentação : Outro motivo é a irregularidade no pagamento do vale-alimentação. Há um mês, a concessão do cartão alimentação foi um dos itens acordados com a Prefeitura para que os trabalhadores encerrassem a greve. “Já estamos no nono dia do mês e a Prefeitura ainda não depositou o dinheiro da alimentação. É inadmissível o servidor trabalhar sem alimentação”, ressaltou Flaviana.
O Sindsaúde vai encaminhar, ainda nesta terça-feira, um ofício à Prefeitura de Goiânia solicitando a retorno das gratificações e o depósito imediato do valor correspondente à alimentação dos servidores. O Paço Municipal terá até a próxima quinta-feira (11) para atender as solicitações, já que na sexta, os trabalhadores poderão deliberar pela greve.
Justiça : A assessoria jurídica do Sindsaúde também acompanhou a assembleia e fez vários esclarecimentos. Aos servidores estaduais foi informado que o Supremo Tribunal Federal (STF) negou o Agravo de Instrumento apresentado pelo Governo de Goiás e declarou inconstitucional o aumento da alíquota de contribuição previdenciária dos servidores públicos do Estado de 11% para 13,35%. Se a decisão for mantida, o governo do Estado terá de devolver para os servidores estaduais a diferença entre as duas alíquotas desde a aplicação da Lei Complementar nº 100/2012, que entrou em vigor em maio de 2013.
No entanto, também foi informado que a Assembleia Legislativa aprovou o Projeto de Lei (PL) do governador determinando que os trabalhadores de nível médio e fundamental não poderão apresentar acúmulo de horas curriculares, pois o limite máximo que cada um poderá receber, respectivamente, é de 7% e 5% sobre o vencimento.
Assistência jurídica : Os trabalhadores do Estado e dos municípios que tiverem seus direitos lesados também poderão recorrer à assessoria jurídica do Sindsaúde. Os interessados, tanto do interior quanto da capital, devem agendar o atendimento pelo telefone (62) 3231-0303, ramal 3, de segunda a sexta, das 8 horas às 17 horas. 
Cecut : Ainda durante a assembleia, foram eleitos 17 delegados para representar os trabalhadores no 14º Congresso Estadual da CUT marcado para o período de 26 e 28 de junho na Câmara Municipal de Goiânia. Um dos objetivos é mapear os principais problemas e tecer grandes debates no contexto em que direitos historicamente conquistados estão sendo absurdamente ameaçados. A fim de proporcionar uma representação mais ampla, outros 17 representantes do interior ainda serão eleitos. O Sindsaúde possui 38 vagas, das quais quatro, já estão preenchidas por delegados nato.